Desaparecido
há 70 anos, diário de Alfred Rosenberg foi entregue ao Museu do Holocausto nos
EUA
Autoridades americanas entregaram
na terça (17) o diário de Alfred Rosenberg desaparecido desde a Segunda
Guerra, ao
Museu do Holocausto, em Washington (EUA). O diário com 425 páginas abrange
desde a ascensão dos nazistas, em 1936, até 1944.
O
diário de Alfred Rosenberg, entregue por autoridades americanas ao Museu do
Holocausto em Washington, com 425 páginas, começou a ser escrito em 1936,
período de ascensão do nazismo. Alfred Rosenberg era conhecido como o teórico
do nazismo por causa de seus estudos sobre a teoria do racismo.
Ele
foi condenado à morte pelo Tribunal de Nuremberg e executado em 16 de outubro
de 1946.
A
diretora do Museu do Holocausto Sara J. Bloomfield, disse que o diário ajudará
a compreender as idéias que criaram a ideologia do nazismo.
Ele
foi apreendido pelos Aliados em 1945, e em seguida entregue ao promotor Robert
Kempner para ser incorporado aos processos que julgariam os nazistas por crimes
de guerra. Mas ilegalmente ele o levou para casa depois do fim do conflito.
Kempner, na Filadélfia, morreu em 1993. As autoridades e o museu seguiram uma
longa trilha para encontrá-lo. No começo deste ano o diário foi encontrado com
um estudante.
Alfred Rosenberg
desempenhou um importante papel no massacre de milhões de judeus e foi
declarado culpado por crimes de guerra pelo
tribunal de Nuremberg. Foi condenado à forca e executado em 1946. Em 1941,
Rosenberg assumiu os territórios ocupados pelos alemães no leste europeu e
lá começou a eliminação sistemática de
judeus. No diário, escrito à mão, os detalhes dos planos nazistas do
genocídio e dominação estão ausentes. "Seu
diário muitas vezes parece mudo, se não em silêncio, sobre temas cruciais e
importantes eventos, incluindo a perseguição de judeus”, disse Jürgen Matthaus
diretor de pesquisas do Centro Avançado de Estudos do Holocausto do museu. “É
mais uma peça de um grande quebra-cabeça com muitas peças que todas precisam
ser reunidas”, concluiu.
Rosenberg se juntou
aos nazistas antes de Hitler e era conhecido como o 'filósofo do nazismo' por
ter escrito diversos trabalho sobre o racismo e contra os judeus. A
diretora do Museu do Holocausto Sara J. Bloomfield disse que o diário ajudará a
compreender as idéias que criaram a ideologia do nazismo.
Curiosidades:
1-Significado
do símbolo do nazismo
Alguns estilos de suásticas usadas por diversas
civilizações em períodos distintos da história humana. Imagem: Terra.
Apesar de sua imagem estar diretamente vinculada ao
Regime Nazista de Adolf Hitler, a suástica esteve presente em muitas culturas
milenares e é representada por meio de diversas formas gráficas.
Na Alemanha, a suástica foi adotada primeiramente
por organizações militares e nacionalistas, sendo transformada, a partir dos
anos 30, em símbolo do Regime Nazista. Assim, tornou-se uma das maiores marcas
da propaganda nazista, que era comandada por Joseph Goebbels e pregava que,
devido à compreensão limitada do povo, os símbolos e slogans deveriam ser
simples, fortes e repetidos à exaustão. Por esse motivo, a suástica era
constantemente exibida em cartazes, bandeiras e demais manifestações.
Dois significados
importantes para o sentido de rotação da suástica. Sentido anti-horário
benigno, sorte. Sentido horário maligno, azar.
A "utilização da suástica pelo Nazismo está
ligada ao fato de que é um símbolo forte, sedutor e que cativa o olhar. Nesse
sentido, servia aos propósitos da propaganda nazista de apelo às massas
humanas". Além disso, a representação gráfica da suástica nazista
transmite a noção de movimento, que significaria o progresso da nação alemã.
Também conhecida como Cruz Gamada, à suástica é um
símbolo encontrado em muitas culturas, algumas das quais sequer tiveram contato
entre si. "Sua origem se perde em tempos imemoriais”. Pode-se apontar que
vários povos ou civilizações fizeram uso dela: celtas, romanos, hindus (em
sânscrito, significa 'aquilo que traz sorte'), índios navajos e maias.
Existem, inclusive, muitas representações gráficas
da suástica. "Em outros povos, ela não era utilizada com formas
geométricas retas, como no Nazismo, mas sim circulares. No Nazismo, o símbolo
se apresenta em sentido horário, enquanto em outras culturas é anti-horário e
mais esférico".
A palavra suástica, que no sânscrito significa “boa sorte”, também conhecida como cruz gamada é um símbolo místico, um amuleto encontrado em muitas
culturas, tanto nos tempos antigos quanto nos atuais. São conhecidas as
suásticas dos índios Hopi, dos Astecas, dos Celtas, dos Budistas, dos Gregos,
dos Hindus, das culturas pré-cristãs, das tribos nativas norte-americanas, do
período neolítico, com pequenas variações entre umas e outras.
Alguns autores imaginam que a suástica tenha sido
um símbolo muito especial, por ser encontrada nas mais diferentes culturas, em
tempos diferentes, sendo que muitas dessas culturas, jamais tiveram contatos
entre si. Como indicativa do bem, pode ser vista como a representação dos
quatro ventos e ou dos quatro deuses guardiães do mundo.
·
Vermelho: indicava a ideia social do movimento;
·
Branco: indicava a ideia nacionalista;
· A Suástica: indicava a
missão de lutar pela raça ariana, e ao mesmo tempo pelo triunfo da ideia do
trabalho criativo, que seria sempre anti-semítico.
2- A palavra holocausto
Hoje em dia, a
palavra holocausto tem apenas um significado real para a maioria das pessoas, e
ele não é nada agradável. Holocausto é o termo comum para o extermínio da raça
judia pelos nazistas, como parte de sua "Solução Final". No entanto,
no grego antigo, a palavra holocausto denominava um sacrifício religioso que
seria completamente consumido pelo fogo.
Na verdade, os judeus
preferem que a palavra "shoah" seja usada para descrever o que os
nazistas lhes fizeram; "shoah" é uma palavra hebraica que significa
"tragédia". O argumento é que referir-se à tentativa de extermínio de
uma raça inteira, como uma oferenda queimada para uma divindade, não é um bom
modo de honrar os que tombaram vítimas dessa loucura.
3- O triângulo
rosa
Antes da Segunda Guerra Mundial,
um triângulo rosa não tinha nenhuma conotação particular. No entanto, na
Alemanha nazista, triângulos rosa foram usados para identificar os homossexuais
(principalmente homens) nos campos de concentração nazista. Os números variam,
mas havia provavelmente mais de 50.000 homens aprisionados por serem
homossexuais. Esses homens eram muitas vezes usados como cobaias para experimentos científicos, e freqüentemente, eram
castrados.
No início da década
de 1970, o triângulo rosa se tornou um símbolo da perseguição aos homossexuais,
assim como o do orgulho gay. O símbolo também foi adotado por ativistas da
AIDS na década de 1980. Hoje, o triângulo rosa é um símbolo internacional do
orgulho gay e da conscientização sobre a AIDS. No entanto, ele provavelmente
seria algo banal hoje, se não tivesse sido primeiro associado com a perseguição nazista.
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