quinta-feira, 15 de maio de 2014

O Filósofo Nazista

Diário do 'filósofo do nazismo' é entregue a museu
Desaparecido há 70 anos, diário de Alfred Rosenberg foi entregue ao Museu do Holocausto nos EUA
Autoridades americanas entregaram na terça (17) o diário de Alfred Rosenberg desaparecido desde a Segunda Guerra, ao Museu do Holocausto, em Washington (EUA). O diário com 425 páginas abrange desde a ascensão dos nazistas, em 1936, até 1944.  

O diário de Alfred Rosenberg, entregue por autoridades americanas ao Museu do Holocausto em Washington, com 425 páginas, começou a ser escrito em 1936, período de ascensão do nazismo. Alfred Rosenberg era conhecido como o teórico do nazismo por causa de seus estudos sobre a teoria do racismo.

Ele foi condenado à morte pelo Tribunal de Nuremberg e executado em 16 de outubro de 1946.

A diretora do Museu do Holocausto Sara J. Bloomfield, disse que o diário ajudará a compreender as idéias que criaram a ideologia do nazismo.

Ele foi apreendido pelos Aliados em 1945, e em seguida entregue ao promotor Robert Kempner para ser incorporado aos processos que julgariam os nazistas por crimes de guerra. Mas ilegalmente ele o levou para casa depois do fim do conflito. Kempner, na Filadélfia, morreu em 1993. As autoridades e o museu seguiram uma longa trilha para encontrá-lo. No começo deste ano o diário foi encontrado com um estudante.

Alfred Rosenberg desempenhou um importante papel no massacre de milhões de judeus e foi declarado culpado por crimes de guerra pelo tribunal de Nuremberg. Foi condenado à forca e executado em 1946.  Em 1941, Rosenberg assumiu os territórios ocupados pelos alemães no leste europeu e lá começou a eliminação sistemática de judeus. No diário, escrito à mão, os detalhes dos planos nazistas do genocídio e dominação estão ausentes. "Seu diário muitas vezes parece mudo, se não em silêncio, sobre temas cruciais e importantes eventos, incluindo a perseguição de judeus”, disse Jürgen Matthaus diretor de pesquisas do Centro Avançado de Estudos do Holocausto do museu. “É mais uma peça de um grande quebra-cabeça com muitas peças que todas precisam ser reunidas”, concluiu.
Rosenberg se juntou aos nazistas antes de Hitler e era conhecido como o 'filósofo do nazismo' por ter escrito diversos trabalho sobre o racismo e contra os judeus. A diretora do Museu do Holocausto Sara J. Bloomfield disse que o diário ajudará a compreender as idéias que criaram a ideologia do nazismo.

Curiosidades:
1-Significado do símbolo do nazismo


Alguns estilos de suásticas usadas por diversas civilizações em períodos distintos da história humana. Imagem: Terra.

Apesar de sua imagem estar diretamente vinculada ao Regime Nazista de Adolf Hitler, a suástica esteve presente em muitas culturas milenares e é representada por meio de diversas formas gráficas.
Na Alemanha, a suástica foi adotada primeiramente por organizações militares e nacionalistas, sendo transformada, a partir dos anos 30, em símbolo do Regime Nazista. Assim, tornou-se uma das maiores marcas da propaganda nazista, que era comandada por Joseph Goebbels e pregava que, devido à compreensão limitada do povo, os símbolos e slogans deveriam ser simples, fortes e repetidos à exaustão. Por esse motivo, a suástica era constantemente exibida em cartazes, bandeiras e demais manifestações.


Dois significados importantes para o sentido de rotação da suástica. Sentido anti-horário benigno, sorte. Sentido horário maligno, azar.
A "utilização da suástica pelo Nazismo está ligada ao fato de que é um símbolo forte, sedutor e que cativa o olhar. Nesse sentido, servia aos propósitos da propaganda nazista de apelo às massas humanas". Além disso, a representação gráfica da suástica nazista transmite a noção de movimento, que significaria o progresso da nação alemã.

Também conhecida como Cruz Gamada, à suástica é um símbolo encontrado em muitas culturas, algumas das quais sequer tiveram contato entre si. "Sua origem se perde em tempos imemoriais”. Pode-se apontar que vários povos ou civilizações fizeram uso dela: celtas, romanos, hindus (em sânscrito, significa 'aquilo que traz sorte'), índios navajos e maias. 

Existem, inclusive, muitas representações gráficas da suástica. "Em outros povos, ela não era utilizada com formas geométricas retas, como no Nazismo, mas sim circulares. No Nazismo, o símbolo se apresenta em sentido horário, enquanto em outras culturas é anti-horário e mais esférico".

A palavra suástica, que no sânscrito significa “boa sorte”, também conhecida como cruz gamada é um símbolo místico, um amuleto encontrado em muitas culturas, tanto nos tempos antigos quanto nos atuais. São conhecidas as suásticas dos índios Hopi, dos Astecas, dos Celtas, dos Budistas, dos Gregos, dos Hindus, das culturas pré-cristãs, das tribos nativas norte-americanas, do período neolítico, com pequenas variações entre umas e outras.

Alguns autores imaginam que a suástica tenha sido um símbolo muito especial, por ser encontrada nas mais diferentes culturas, em tempos diferentes, sendo que muitas dessas culturas, jamais tiveram contatos entre si. Como indicativa do bem, pode ser vista como a representação dos quatro ventos e ou dos quatro deuses guardiães do mundo.

·                     Vermelho: indicava a ideia social do movimento;


·                      Branco: indicava a ideia nacionalista;


·                     A Suástica: indicava a missão de lutar pela raça ariana, e ao mesmo tempo pelo triunfo da ideia do trabalho criativo, que seria sempre anti-semítico.

2- A palavra holocausto
Hoje em dia, a palavra holocausto tem apenas um significado real para a maioria das pessoas, e ele não é nada agradável. Holocausto é o termo comum para o extermínio da raça judia pelos nazistas, como parte de sua "Solução Final". No entanto, no grego antigo, a palavra holocausto denominava um sacrifício religioso que seria completamente consumido pelo fogo.
Na verdade, os judeus preferem que a palavra "shoah" seja usada para descrever o que os nazistas lhes fizeram; "shoah" é uma palavra hebraica que significa "tragédia". O argumento é que referir-se à tentativa de extermínio de uma raça inteira, como uma oferenda queimada para uma divindade, não é um bom modo de honrar os que tombaram vítimas dessa loucura. 
3- O triângulo rosa
Antes da Segunda Guerra Mundial, um triângulo rosa não tinha nenhuma conotação particular. No entanto, na Alemanha nazista, triângulos rosa foram usados para identificar os homossexuais (principalmente homens) nos campos de concentração nazista. Os números variam, mas havia provavelmente mais de 50.000 homens aprisionados por serem homossexuais. Esses homens eram muitas vezes usados como cobaias para experimentos científicos, e freqüentemente, eram castrados.

No início da década de 1970, o triângulo rosa se tornou um símbolo da perseguição aos homossexuais, assim como o do orgulho gay. O símbolo também foi adotado por ativistas da AIDS na década de 1980. Hoje, o triângulo rosa é um símbolo internacional do orgulho gay e da conscientização sobre a AIDS. No entanto, ele provavelmente seria algo banal hoje, se não tivesse sido primeiro associado com a perseguição nazista. 

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